Eu acho que tempo é uma das poucas coisas que pertencem apenas a nós mesmos e a mais ninguém, isso me faz, por consequência, entender que com quem e o que vamos fazer e passar nesse tempo é uma das escolhas mais importantes que devemos fazer, essas escolhas são as que (também) cabem apenas a nós mesmos.
Dói por que as vezes não cabe à escolha, dói mais que tudo... e perfura como nenhuma outra agulha poderia, pode deixar muitas cicatrizes ou, pior, não deixar nada. Eu tenho medo de sumir junto com as memórias de outra pessoa. Eu tenho medo de não ter ninguém para guardar as minhas memórias, assim como eu mesma não consegui.
Uma falha, parece, é sempre precisar de outras pessoas para nos ver, nos guardar, nos lembrar... mas o que é a nossa existência senão um reflexo da nossa própria presença no mundo? Eu preciso de outras pessoas (isso dói). Eu preciso de você as vezes (a especificidade dói mais).
Dor é um sinal de vida.
As vezes eu odeio viver, mas não hoje... quem sabe amanhã (por definição: em época futura indeterminada).
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