Quase 1000 visualizações em 9 anos de blog, tenho a leve impressão de que talvez eu tenha perdido o timing de bloggar e começado a escrever tarde demais... O QUE É ÓTIMO, pra falar a verdade... assim pouca gente vê essa porcaria.
sábado, 21 de maio de 2022
excesso
Todo excesso indica uma falta. Falta do que exatamente? Não sei, depende, talvez não tenha uma coisa faltando em específico na maior parte das vezes.
Todo excesso indica uma falta, não só em você mas nos outros também. Quem te corresponde talvez sinta a mesma falta. A vida é complexa demais pra apontar para culpados, ninguém é culpado quando a causa é tão espraiada que resulta em um ser humano inteirinho. (espraiada é uma palavra feia e bonita ao mesmo tempo)
O meu excesso indica a minha falta. O meu excesso pode me ajudar a me conhecer. O meu excesso indica o caminho para sair do labirinto, do meu próprio ciclo.
Então, sigamos nossos excessos até a fonte e, por fim, acharemos onde realmente dói.
domingo, 15 de maio de 2022
fotografias
Há algum tempo atrás eu percebi que era muito ruim em tirar fotografias, realmente nunca me atentei muito a isso e não era uma coisa que me interessava, mas acho que a partir do ponto que começou a fazer sentido guardar os momentos de alguma forma "física" o uso desse tipo de registro também começou a fazer algum sentido e eu venho efetivamente melhorando em tirar fotos (eu acho).
Não foi de uma hora para outra, foi uma espécie de caminho natural das coisas, quanto mais eu vivia mais registros eu queria fazer, mais memórias eu queria guardar. Eu comecei a estudar isso de forma orgânica seguindo cada vez mais fotógrafos e, principalmente, artistas independentes, reparando muito nos detalhes de cada coisa. Ter uma base em design e artes realmente vêm me ajudando muito no processo.
Fico feliz que isso têm funcionado, fico feliz que consigo guardar as coisas de uma forma que faz ainda mais sentido.
sexta-feira, 13 de maio de 2022
tempo
Eu acho que tempo é uma das poucas coisas que pertencem apenas a nós mesmos e a mais ninguém, isso me faz, por consequência, entender que com quem e o que vamos fazer e passar nesse tempo é uma das escolhas mais importantes que devemos fazer, essas escolhas são as que (também) cabem apenas a nós mesmos.
Dói por que as vezes não cabe à escolha, dói mais que tudo... e perfura como nenhuma outra agulha poderia, pode deixar muitas cicatrizes ou, pior, não deixar nada. Eu tenho medo de sumir junto com as memórias de outra pessoa. Eu tenho medo de não ter ninguém para guardar as minhas memórias, assim como eu mesma não consegui.
Uma falha, parece, é sempre precisar de outras pessoas para nos ver, nos guardar, nos lembrar... mas o que é a nossa existência senão um reflexo da nossa própria presença no mundo? Eu preciso de outras pessoas (isso dói). Eu preciso de você as vezes (a especificidade dói mais).
Dor é um sinal de vida.
As vezes eu odeio viver, mas não hoje... quem sabe amanhã (por definição: em época futura indeterminada).